quarta-feira, 7 de junho de 2017

Determinação do espectro verde no tracker


O tracker é um software gratuito que tem como finalidade confeccionar gráficos a partir de dados obtidos em vídeos e fotos, além de fazer ajustes de curvas para os fenômenos físicos encontrados.
Nesta prática utilizou-se o tracker para verificar se o comprimento de onda encontrado para a cor verde no espectro da lâmpada de mercúrio (Hg) está de acordo com os cálculos obtidos na prática. Em nossa prática, o comprimento de onda encontrado foi de 494,1 nm, como mostra o experimento 1 (Parte II) e no tracker o comprimento de onda apresentado foi de 482nm, como mostra a (Figura 3).

Figura 1. Foto do espectro da lâmpada de mercúrio (Hg)


Figura 2. Foto do espectro da lâmpada de mercúrio (Hg), ajustada e colocada no tracker
Na Figura 2 é colocado a linha de perfil na imagem para poder encontrar o comprimento de onda do espectro de cor verde.


Figura 3. Gráfico apresentado no tracker da cor verde, do espectro da lâmpada de mercúrio (Hg)

A figura 3 mostra detalhes do gráfico para encontrar o comprimento de onda da luz verde. Esse valor será comparado com outras equipes.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Experimento 1 (Parte II) - Determinação de espectros (31/05/17)

No segundo dia o experimento visa preparar um espectro manual para visualizá-lo na luz de LED e luz de lâmpada de mercúrio. 
Foram separados os seguintes materiais: Tesoura, durex, fita crepe, CD, caixa de Mid, papel milimetrado, régua e laser de cor verde (cor opcional). 
Foi cortado um pedaço do CD transparente, como mostra a (Figura 2), obtido no experimento 1, e colocado na caixa MID (Figura 3), então foi feito um recorte em duas extremidades da caixa MID, uma extremidade ficará a rede de difração (pedaço do CD) e a outra uma abertura para iluminar a escala, o outro lado da caixa (que está aberto, onde fica a tampa) será a tela, neste terão duas tiras da caixa como mostra a (Figura 4) para que a tela deslize, e a tela foi recoberto com papel milimetrado e indicado em cm com uma caneta.



Figura 1. Recortes na caixa MID



Figura 2. Corte feito no CD transparente



Figura 3. Determinação de medidas para ajuste do experimento



Figura 4. Tela de papel milimetrado colocado entre tiras da caixa


Ao observar o espectro é preciso ter cuidado para que ele fique alinhado a linha de medida, marcada com caneta, do papel milimetrado, para que facilite a anotação da distância dos espectros e os cálculos para determinar o "D" e o "d".



Figura 5. Foto para a determinação dos espectros com a luz de LED, usada do celular



Figura 6. Foto tirada do espectro da luz de LED


Figura 7. Foto para a determinação do espectro da luz de lâmpada de mercúrio



Figura 8. Foto do espectro da luz da lâmpada de mercúrio

Agora é possível determinar o comprimento das cores emitidas pelas luzes de LED e de mercúrio, lembrando que o cálculo do valor de "d = 1,403" foi determinado no Experimento 2. 
Primeiro será apresentado os cálculos para a luz de LED, como mostra a (Figura 9) a seguir.
Figura 9. Cálculos para determinar o comprimento de onda das cores observadas no espectro de luz da lâmpada de LED

Também foi possível determinar o comprimento de onda das cores emitidas pelas luzes da lâmpada de mercúrio. Os cálculos são vistos abaixo na (Figura 10).


Figura 10. Cálculos para determinar o comprimento de onda das cores observadas no espectro de luz da lâmpada de mercúrio

De acordo com a (Figura 10) os valores de comprimento de onda calculados no espectro de lâmpada de Hg (mercúrio) e de lâmpada de LED estão de acordo com a proposta na literatura, como mostra a (Figura 11) do esquema desenvolvido pela professora Márcia Gallas, da URFGS, apenas o comprimento de onda do espectro laranja e do vermelho ficaram fora do valor próximo, a cor vermelha deveria apresentar um valor de aproximadamente 630 nm e o espectro da cor laranja um valor de 770 nm, para a lâmpada de Mercúrio (Hg).



Figura 11. Esquema apresentando os comprimentos de onda de variadas cores, para lâmpadas de Mercúrio, Hélio e Neônio.




Experimento 1 (Parte I) - Determinação de espectros (30/05/17)


Espectro é o resultado da dispersão da luz de uma fonte em seus diferentes comprimentos de onda, chamada lambda. Matematicamente é o fluxo em função do comprimento de onda. O termo espectroscopia é utilizado nas disciplinas de física, química e biologia através da transmissão, absorção ou reflexão da energia radiante incidente em uma amostra, análise de estruturas moleculares. Sua origem encontra-se no estudo da luz visível dispersa de acordo com seu comprimento de onda, por exemplo, por um prisma. Em 1666 Newton mostrou que a luz branca a partir do sol pode ser repartida em uma série contínua de cores.


Isaac Newton

Newton introduziu a palavra "espectro" para descrever tal fenômeno, utilizando uma superfície com um pequeno orifício que emitia um feixe de luz, uma lente para focá-lo, um prisma de vidro para dispersá-lo, e uma tela para exibir o espectro resultante. Assim, a análise da luz feita por Newton é considerado o marco inicial da ciência da espectroscopia.


Prisma de Isaac Newton

A partir daí, os pesquisadores entendem que a radiação solar possui componentes fora da parte visível do espectro. Estes estudos foram os precursores de medições radiométricas e fotográfica da luz, respectivamente. Outra importante contribuição ao desenvolvimento da espectroscopia encontra-se nas pesquisas do alemão Joseph Fraunhofer, que ao observar que o espectro do sol, quando suficientemente disperso é atravessado por um grande número de finas linhas escuras (as chamadas linhas de Fraunhofer). Fraunhofer elaborou as primeiras normas para comparação de linhas espectrais obtidas a partir de prismas de vidros diferentes, além de estudar os espectros das estrelas e dos planetas, usando uma objetiva de telescópio para coletar a luz, dando com isso origem à ciência da astrofísica.

Joseph Von Fraunhofer

Apesar de suas realizações, Fraunhofer não entendia a origem das linhas espectrais que observava. Somente 33 anos após sua morte é que Gustav Kirchhoff estabeleceu que cada elemento e composto tem seu próprio espectro único, e que, ao estudar o espectro de uma fonte desconhecida, pode-se determinar sua composição química. Com esses avanços, espectroscopia se tornou uma verdadeira disciplina científica.


Gustav Kirchhoff

Em 1859, em sua famosa lei, Kirchhoff afirma que a potência emitida e absorvida da luz num determinado comprimento de onda são as mesmas para todos os corpos à mesma temperatura. Um gás, por exemplo, que irradia um espectro de linha deve, à mesma temperatura, absorver as linhas espectrais que irradia. Com isto, Kirchhoff e R. Bunsen explicam que as linhas de Fraunhofer no espectro do sol ocorrem devido a absorção do espectro contínuo emitida a partir do interior quente do sol por elementos na superfície mais fria. Com esta pesquisa, tornou-se possível a análise da atmosfera do Sol.
A espectroscopia passou a ser utilizada como ferramenta científica para sondar a estrutura atômica e molecular, inaugurando o campo da análise espectroquímica para analisar a composição dos materiais. Estas técnicas são utilizadas hoje para analisar os objetos, tanto terrestres e estelar, e continua a ser o nosso único meio de estudar os elementos químicos presentes nas estrelas.

 Espectro de radiações e unidades espectroscópicas

O espectro de radiações eletromagnéticas estende-se, em ordem crescente de energia, das ondas de rádio, com longos comprimentos de onda (10^3 - 10^0 m), até radiações de altíssima energia (raios-X e raios-g) com comprimentos de onda muito curtos, entre 10^(-10) e 10^(-15) m. O espectro inclui também regiões de radiações com energias intermediárias, entre microondas e o ultravioleta de vácuo. Cada uma dessas regiões tem suas formas próprias de serem produzidas e detectadas e não existe uma interface perfeitamente definida entre regiões adjacentes, sendo o espectro contínuo do ponto de vista macroscópico.

Os espectros estão presentes no:
  • Microondas são ondas eletromagnéticas com freqüências na faixa de 1 a 100 GHz. Esta é a região da espectroscopia de ressonância de spin, e também da espectroscopia rotacional, especialmente para moléculas pequenas na fase gasosa. O extremo superior desta região já se sobrepõe com a região espectral do infravermelho distante (far infra-red = FIR). 
  • O infravermelho se estende do limite superior da faixa de microondas até o começo da região visível, em um comprimento de onda de cerca de 800 nm. A parte de comprimentos de onda mais longos (0,1 - 1mm) é aplicável à excitação de espectros rotacionais, enquanto a extremidade de comprimentos de ondas menores (o infravermelho próximo, l = 10^(-3) - 10^(-1)mm) é a região onde espectros vibracionais típicos das moléculas são observados: os chamados espectros rotacionais-vibracionais. 
  • Transições eletrônicas começam no infravermelho, contudo elas ocorrem com maior probabilidade nas regiões visível e UV. Aqui são observados espectros de banda de moléculas, no sentido próprio do termo, i. é, espectros consistindo de transições eletrônicas com transições vibracionais e rotacionais superpostas.
  • Além da extremidade de comprimentos de onda curtos do UV, e sobrepondo-se com ela, está a região dos raios-X e, em seguida, de radiação g. Com radiação de tão altas energias, transições e estados dos elétrons mais internos, aqueles nas camadas internas do átomo, podem ser investigados, especialmente por espectroscopia de fotoelétrons
O experimento 1 consiste em verificar o número de linhas por mm de um CD utilizando um laser de cor verde, está é uma criação de uma rede de difração de baixo custo e contribui para o processo de ensino e aprendizagem no ensino de ciências.
Foram separados os seguintes materiais: Tesoura, durex, fita crepe, CD, caixa de MID, papel milimetrado, régua e laser de cor verde (cor opcional). Primeiro foi tirada a película do CD, como mostram as Figuras 1 e 2, de modo a colocar durex na capa para depois pressionar com a unha, o durex deverá ser puxado até que o CD fique transparente, como mostra a Figura 3.


Figura 1. Durex sendo colocado na capa do CD


Figura 2. CD ficando transparente


Figura 3. CD transparente

Depois que o CD ficar transparente ele deve ser colocado na caixa MID, pois será o seu suporte. O papel milimetrado foi colocado na parede (Figura 4) com durex para iniciar o procedimento de testar o feixe de luz do laser no CD até que aparecesse dois pontos de luz verde no papel, como mostram as Figuras 5 e 6, a distância entre o CD e o papel milimetrado foi anotado, assim como a distância entre os pontos verdes, emitidos pelo laser no papel.


Figura 4. Preparação para verificar o número de sulcos do CD


Figura 5. Ajuste do laser para emissão da luz verde no CD


Figura 6. Laser sendo propagado no CD e no papel milimetrado os sulcos do CD 

É possível assistir como foi feito o teste mostrado na (Figura 6) no vídeo a seguir:




Conhecido o valor da distância entre os sulcos do CD podemos determinar valores para o comprimento de onda. É possível calcular o "D" e determinar o comprimento de onda incidente da luz verde do laser, como mostra no cálculo a seguir na (Figura 7). Lembrando que o valor de D é o comprimento verificado na régua do CD até o papel milimetrado e o Delta(x) é a distância entre os dois pontos verdes emitidos do laser (sulco), como mostra a (Figura 6).
Figura 7. Calculo para determinar a distância, em nanômetros (nm) e em micrômetros, da luz verde emitido do laser

O valor de "d" será usado posteriormente para calcular o valor dos comprimentos de onda emitidos nos espectros nos experimentos do dia 31/05/17.



Bibliografia:
The Era of Classical Spectroscopy (em inglês). Disponível em: < http://web.mit.edu/spectroscopy/history/history-classical.html >.


ALCANTARA, P. Espectroscopia Molecular. Curso Física Moderna II, Universidade Federal do Pará, 2002. Disponível em < http://fisica.icen.ufpa.br/didatico/espectroscopia.pdf >